28 de fevereiro de 2013

Precisamos Falar sobre Kevin


Sinopse

Eva (Tilda Swinton) mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temorosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin (John C. Reilly), com quem teve dois filhos: Kevin (Jasper Newell/Ezra Miller) e Lucy (Ursula Parker). Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.

Título original: We Need to Talk About Kevin
Lançamento: 27 de janeiro de 2012
Diretor: Lynne Ramsay
Nacionalidade: EUA, Reino Unido

Comentários

Baseado no livro de Lionel Shriver, o filme retrata uma família convencional com diversos conflitos mascarados que anunciam uma catastrofe.
Já no início do filme, Eva é repudiada por muitas pessoas de sua cidade. Ela evita contato, e demonstra medo das reações dos outros, mas aceita essas manifestações assumindo que é culpa dela que eles ajam assim.
O filme nos mostra uma mulher, Eva, que tem que se abster de seu estilo de vida para se tornar mãe e cuidar de um filho indesejado, e que deslumbra diversos comportamentos estranhos em seu filho. E um pai, Franklin, omisso que reage com descrença a todos os comentários da mãe de seu filho, Kevin, e que não a apoia e acha todos comportamentos de seu filho normais ou fantasiados por Eva.

Muitas cenas apresentam a cor vermelha como simbolismo para  o que pode vir a acontecer.
Eva tem uma segunda filha, como forma de provar a si mesma que ela não tem culpa pelo comportamento do filho. Mas isso faz com que ela demonstre medo no comportamento do filho com relação a filha.

O filme faz um retrato a hipocrisia de uma sociedade, que agride o outro mas não quer ser agredida. Essas mesmas pessoas culpam a mãe, no caso Eva, pelo comportamento do filho.
Temos diversas questões levantadas no filme, seria a mãe culpada pelo que o filho fez? Ela poderia ter evitado de alguma forma? E o pai, qual o papel dele? Porque o pai é tão omisso a tudo que o filho faz? Qual a responsabilidade do pai? Entre várias outras.



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14 de fevereiro de 2013

As vantagens de ser invisível


Sinopse

Charlie (Logan Lerman) é um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Sua professora de literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si... até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), passam a andar com ele.


Título original: The Perks of Being a Wallflower
Lançamento: 8 de setembro de 2012 (mundial)
Diretor: Stephen Chbosky
Nacionalidade: EUA


Comentários

Comecei assistí-lo pensando que ele abordaria um assunto, mas logo no início percebi que seria outro. Eu não li o livro ainda, mas ao assistir o filme me deu muita vontade de lê-lo, mas já li que a atmosfera é outra (apesar do autor do livro ser o roterista e diretor do filme).
O filme trata basicamente de um garoto depressivo, Charlie, que não tem amigos, e que esta começando o ensino médio.
Charlie finda por fazer amizade com um grupo de alunos do 3º ano, em especial com dois irmãos, Patrick e Sam. Essa amizade será a principal trilha do enredo.
É um filme que tem um ar leve, mas que apresenta um densidade que pode ser desconfortável. O filme aborda temas como depressão, tentativa de suicídio, abuso emocional/físico/sexual, bullying, homossexualismo e transtorno pós-traumático, com delicadeza.

Adoro filmes que tratam de temas fortes com delicadeza, e isso não é tão fácil de fazer como parece.

A maioria das pessoas não percebe quando há uma pessoa com problemas ao lado delas, ou não querem perceber, ou não sabem o que fazer ou que fazer quando percebem. E isso existe no filme.
Esse foi um filme que me cativou, talvez se eu assistí-lo de novo ele não gere o mesmo efeito em mim, mas gostei de tê-lo assistido.
É um filme em que você deve estar aberto as nuances. Ele te indica o que vai acontecer muito antes disso acontecer, não apresenta muitas surpresas, mas sim uma reflexão.

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